27/3/23

O Castelo de Naraío (San Sadurniño, A Coruña)

 


No lugar de O Castelo, parroquia de Santa María de Naraío e concello de San Sadurdiño atópase o Castelo de Narío. Atópase levantado sobre unha roca a case 400 metros de altitide sobre ujn meandor do río Castro. Ten planta irregular, case en forma de polígono de doce lados. Salienta polo seu aspecto macizo e con escasos vanos.


Os primeiros datos documentados da existencia do castelo remítennos a Gonzalo Pineyro, señor de Naraío e partidario de Pedro I o Cruel nas súas loitas fratricidas levadas a cabo no século XIV. Cando, ao chegar Enrique de Trastámara á zona, fuxindo do seu irmán en rei D. Pedro de Castela, solicitou axuda a Pineyro para escapar, este negoulla. Cando Enrique subiu ao trono lembrou a afronta de Pineyro e, para vingarse, arrasou o co Castelo de Naraío foi cedido entón por Enrique á familia Andrade, ata que en 1466 foi destruída por Alfonso Lanzós durante as revoltas Irmandiñas.  





Naraío xogou un papel fundamental na segunda Guerra Irmandiña (1467-1469), momento no que os sublevados tomaron a fortaleza. Durante esta revolta, o exército popular mandado por Afonso de Lanzós, tomou o castelo que foi parcialmente derrubado. Anos despois, unha vez restablecida a nobreza galega, os habitantes da zona e os mesmos irmandiños tiveron que volver construílo como represalia. Desde 1603 permanece en estado de abandono e con evidentes signos de deterioro.





No século XVI uníronse as casas de Andrade e Lemos na persoa de Pedro Fernando Ruiz de Castro Andrade e Portugal. Nesta época comeza a decadencia da fortaleza, o seu progresivo abandono e o uso como canteira para material construtivo. No século XVIII, coa extinción da casa dos Castro, as súas posesións pasan á casa de Alba, actual propietaria do castelo.



O conxunto actual recolle todos os avatares e remodelacións sufridas ao longo da historia da fortificación. O castelo segue a tipoloxía habitual de fortaleza roquera, adaptándose á orografía irregular do outeiro. O seu sistema defensivo consta de dous muros perimetrais e un complicado acceso a través dun carreiro moi empinado e dunha porta precedida orixinalmente dunha ponte levadizo. Unha segunda porta, descentrada sobre a primeira por cuestións defensivas, conserva un brasón coas armas dos Andrade e permite o acceso ao interior do patio de armas.






O elemento máis destacado da fortificación é sen dúbida a torre da homenaxe, símbolo do poder feudal dos seus propietarios. Orixinalmente contaba con tres pisos e alcanzaba os 16 metros de altura. Na planta baixa localízase o alxibe, actualmente moi ben conservado. A primeira planta usábase como salón e cociña;  o segundo piso tería tamén función residencial e finalmente a parte superior da torre constituía unha atalaia almenada cun extraordinario dominio visual da contorna.




En 2005 a a “Fundación Casa de Alba” cedeu o usufruto do castelo ao Concello de San Sadurniño e actualmente está habilitado para a visita con pasarelas e escaleiras que permiten o acceso á torre da homenaxe.




A información procede de varias páxinas, especialmente de Fortalezas do Reino de Galiza.

Fotos: INICIARTE.

20/3/23

O Paço dos Duques de Bragança (Guimarães, Portugal)





Resumo o texto da Wikipedia lusa

O Paço dos Duques de Bragança (tipicamente designado de apenas Paço dos Duques) é um palácio nacional localizado na freguesia de Oliveira, São Paio e São Sebastião, na cidade de Guimarães.

O Paço dos Duques de Bragança foi mandado construir no século XV por D. Afonso, (filho ilegítimo do rei D. João I e de D. Inês Pires Esteves), 1º Duque da Casa de Bragança e 8º Conde de Barcelos, por altura do seu segundo casamento com D. Constança de Noronha (filha de D. Afonso, Conde de Gijón e Noronha e D. Isabel, Senhora de Viseu). Essencialmente habitado durante o século XV, assistiu-se nas centúrias seguintes a um progressivo abandono e a uma consequente ruína, motivada por diversos fatores, que se foi agravando até ao século XX. Entre 1937 e 1959 realizou-se uma ampla e complexa intervenção de reconstrução executada a partir de um projeto da responsabilidade do arquiteto Rogério de Azevedo.





O Paço dos Duques é atualmente um serviço dependente da Direção Regional de Cultura do Norte e integra o Museu (1º piso), uma ala destinada à Presidência da República (fachada principal, 2º piso) e uma vasta área vocacionada para diversas iniciativas culturais (no rés do chão).

O Paço dos Duques de Bragança está classificado como Monumento Nacional desde 1910.









História

Foi erguido no século XV por iniciativa de Afonso I de Bragança. O estilo borgonhês deste palácio reflete os seus gostos, adquiridos nas viagens pela Europa, ainda que o seu aspecto actual tenha sido recriado, de forma polémica, durante o Estado Novo.

Durante parte da centúria de Quinhentos o Paço ainda terá sido utilizado como residência dos Duques de Bragança, tendo depois, paulatinamente, entrado numa fase de abandono e consequente ruína.

Em 1807, durante as invasões francesas, foi adaptado a quartel militar, função que se manteve até 1935.

A 25 de junho de 1959, foi transformado em residência oficial do Presidente da República no norte de Portugal, e a 26 de agosto do mesmo ano foi aberto ao público como museu.

 




Coleções

No museu destacam-se, tapeçarias (flamengas e francesas), tapetas orientais, mobiliário, porcelana chinesa, pinturas, tais como o Cordeiro Pascal, atribuído a Josefa de Óbidos ou o retrato de D. Catarina de Bragança.






Fotos: INICIARTE.

13/3/23

Castelo Guimarães (Braga, Portugal)




Texto resumido da wikipedia lusa.

O Castelo de Guimarães localiza-se na atual freguesia de Oliveira, São Paio e São Sebastião, cidade e município de Guimarães, no distrito de Braga, em Portugal.

Em posição dominante, sobranceiro ao Campo de São Mamede, este monumento encontra-se ligado à fundação do Condado Portucalense e às lutas da independência de Portugal, sendo designado popularmente como berço da nacionalidade.

Classificado como Monumento Nacional desde 1908, em 2007 foi eleito informalmente como uma das Sete maravilhas de Portugal.

 




O castelo medieval

A povoação de Vimaranes distribuía-se, na época, em dois núcleos: um no topo do então chamado Monte Largo, e outro, no sopé dessa elevação, onde o mosteiro foi fundado. Era vulnerável na época, além das possíveis incursões de forças Muçulmanas, oriundas da fronteira ao Sul de Coimbra, às incursões de Normandos, oriundos do mar do Norte em embarcações rápidas e ágeis, que assolavam as costas e o curso navegável dos rios na época.

Visando a defesa do núcleo monacal, a benfeitora principiou, no topo do Monte Largo, um castelo para o recolhimento das gentes em caso de necessidade. É bem conhecido historiograficamente o trecho da carta de doação desse castelo aos religiosos, lavrada em Dezembro de 958, do qual consta essa decisão. Acredita-se que a estrutura então erguida, sob a invocação de São Mamede, fosse bastante simples, composta por uma torre possívelmente envolta por uma cerca.





Pouco mais de um século passado, a povoação de Vimaranes encontrava-se entre os domínios doados pelo rei Afonso VI de Leão e Castela a D. Henrique de Borgonha, que formaram o Condado Portucalense. O conde D. Henrique (1095-1112) e sua esposa, D. Teresa de Leão escolheram esta povoação e o seu castelo como residência. Desse modo, a primitiva construção da época de Mumadona terá sido demolida e, em seu lugar, erguida a imponente estrutura da Torre de Menagem. O perímetro defensivo foi ampliando e reforçando, nele se rasgando a porta principal, a Oeste sobre a vila, e a chamada Porta da Traição, a Leste.

Dentro dos muros dessa cerca terá resistido D. Afonso Henriques, em 1127, ao assédio das forças do rei Afonso VII de Leão e Castela, evento que levou Egas Moniz a garantir aquele soberano a vassalagem de seu amo, libertando a vila do cerco. No vizinho campo de São Mamede, o castelo foi testemunha do embate entre as forças de D. Afonso Henriques e as de D. Teresa (24 de junho de 1128) que, com a vitória das armas do primeiro, deu origem à nacionalidade portuguesa.





Entre o final do século XII e o início do XIII, D. Sancho I (1185-1211) circuitou a parte alta da vila a cavalo, a fim de lhe assinalar um termo, sendo provável que se tivesse iniciado o amuralhamento da vila a partir de então. Em meados do século XIII, sob o reinado de D. Afonso III (1248-1279), iniciou-se o traçado definitivo da cerca da vila, unificando a vila do Castelo (parte alta) à vila de Santa Maria (parte baixa). Estas obras estariam concluídas ao tempo de D. Dinis (1279-1325), em data anterior a 1322, quando a vila, cujo alcaide era Mem Rodrigues de Vasconcelos, suportou vitoriosa o assédio das tropas do infante D. Afonso. Em seu interior, entretanto, manteve-se o antigo muro da parte alta, demolido por volta de 1420.

 

Do século XV aos nossos dias

A partir do século XV, diante dos progressos na artilharia, o Castelo de Guimarães perdeu a sua função defensiva. No século seguinte as suas dependências passaram a abrigar a Cadeia Municipal, e, no século XVII, um palheiro do rei, acentuando-se a sua ruína.

A vila foi elevada a cidade em 1853, por D. Maria II (1826-1828, 1834-1853). Posteriormente, sob o reinado de D. Luís (1861-1889) o castelo foi classificado, por Decreto publicado em 19 de Março de 1881, "Monumento Histórico de 1ª Classe", o único na região do Minho.





Classificado como Monumento Nacional por Decretos publicados em 27 de Agosto de 1908 e em 1910, a partir de 1937 a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais iniciou-lhe extensa campanha de intervenção, que culminou com a sua reinauguração, em 4 de Junho de 1940 por ocasião das comemorações do VIII Centenário da Fundação da Nacionalidade.

Posteriormente o mesmo órgão executou obras menores no conjunto em 1966, 1981 e 1986.

Atualmente bem conservado, encontra-se aberto à visitação pública. Apresenta planta no formato aproximado de um escudo facetado. As suas muralhas, reforçadas por quatro torres, são rasgadas por portas. Um adarve, acedido por escadas nas torres, percorre a parte superior das muralhas, coroadas por ameias pentagonais, de recorte pontiagudo. Na face oeste, uma ponte de madeira estabelece a ligação entre o adarve das muralhas e a porta da torre de menagem. No troço norte das muralhas são visíveis as ruínas da antiga alcáçova, provavelmente do século XIV, que se divide em dois pavimentos, destacando-se as suas janelas exteriores e duas chaminés.





O portão principal, a oeste, é defendido por dois torrões, estando outros dois a defender a porta da traição, a leste.

A Torre de Menagem, ao centro da praça de armas, apresenta planta quadrangular, com poucas aberturas assinalando os pavimentos, ligados internamente por escada de madeira e de pedra. Um adarve largo e contínuo permite a circulação e a observação no topo da torre, coroada por ameias pentagonais pontiagudas.

 




Curiosidades

De acordo com a tradição, aqui nasceu o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques (1109 - 1185). A pia onde se afirma ter sido baptizado encontra-se na capela românica da Igreja de São Miguel da Oliveira, no setor Oeste do castelo.